terça-feira, 28 de agosto de 2012

Capítulo 7 - Parte 3

Capítulo 7: Longo Caminho para Casa

Parte 3: Direto ao Ponto





A noite já havia caído sobre a pequena cidadezinha barulhenta já fazia pelo menos uma hora. As ruas já estavam ficando desertas e a temperatura havia baixado muito. A maioria das casas já estava mergulhada na escuridão, apenas algumas poucas residências ainda tinham seu interior iluminado por velas e lamparinas.

- Se isto lhe alegrar... Vossa Alteza está se parecendo muito com seu irmão. – Ian tinha um sorriso malicioso em seus lábios.
- Logo você vai se arrepender por ficar constantemente me insultando assim. – falou baixo, porém cheia de ódio.
- Foi só um elogio. – respondeu cheio de sarcasmo.
- Já é noite. E agora? – mudou de assunto para evitar ficar ainda mais irritada.
- Lembro-me de ter visto alguma hospedaria por aqui. O dinheiro que sobrou deve servir. – adiantou-se na frente da princesa, seguindo para o centro da pequena cidade, seguindo para o local em que a iluminação era mais intensa.
- Estamos perdendo tempo demais... – Moira murmurou, muito aborrecida.
- Aqui está. – Ian parou na frente de uma grande porta fechada que possuía uma placa bastante visível acima.
- Hospedaria, taberna e bordel. – a jovem princesa leu as palavras entalhadas na velha placa e virou-se para seu companheiro de viagem – O que é bordel? – nunca havia lido nem ouvido aquela palavra antes.

Ian riu, percebendo que ela realmente não sabia do que tratava a palavra.

- Por que você não entra e descobre? – esboçava um sorriso pelo canto da boca.
- Por essa sua expressão imagino que eu não vá gostar. – fitou-o com desaprovação no olhar.
- Provavelmente é a única hospedaria daqui. Você não tem escolha. – tinha um sorriso maldoso estampado no rosto – Vamos entrar. – pegou-a pelo braço e a puxou para dentro do local.

Ao contrário do lado de fora, dentro da construção tinha várias pessoas e bastante barulho ecoando em todas as direções. Deveria haver, ao todo, umas vinte pessoas e a maior parte parecia comemorar algo alegremente. Moira passou os olhos rapidamente pelo local sem prestar muita atenção e não encontrou nada de tão estranho assim. Até que uma mulher veio até eles para recepcioná-los.

- Boa noite, cavalheiros. – fitou-os com um sorriso mal-intencionado.
- Cavalheiros...? – Moira balbuciou enquanto olhava para a roupa estranha da moça.

Vestia um corpete muito apertado que lhe dava uma aparência vulgar. Seu vestido tinha uma cor amarela vibrante. Tinha o cabelo castanho preso em um coque, mas parte dele estava solta, revelando os cachos da mulher de olhos muito escuros. Deveria estar na faixa dos trinta anos e não era muito alta.

- Boa noite. – Ian respondeu sem muito interesse enquanto olhava em volta.
- Estão procurando por uma mesa? – a mulher sorriu – Por favor, me acompanhem. – segurou a mão de Ian e o conduziu pelo salão.

Moira não precisou de muito tempo para descobrir o tipo de lugar devasso em que estava. Nunca havia visto algo parecido, mas o modo como as garotas de lá agiam, o jeito seminu com que se vestiam, o modo de falar... Não era certo para ela. A libertinagem estava em todos os cantos.

- Esta mesa está vagas para os senhores. – largou a mão de Ian e fitou seu rosto – O senhor é um estrangeiro? – tinha um olhar intenso sobre ele.
- De fato. – sorriu enquanto sentava-se em uma das cadeiras e fazia sinal para Moira também o fazer.

A jovem obedeceu-o, sentando-se o mais afastado que pode dele, do outro lado da pequena mesa redonda, e fez uma careta emburrada.

- Eu quero sair daqui. – balbuciou e bufou.
- Gostaria que nos servisse de comida e vinho, por favor. – sorriu para a mulher que o atendia e ignorou a princesa.
- Sim senhor. – a mulher correspondeu ao sorriso e retirou-se.
- Eu disse que quero sair daqui! – levantou-se bruscamente e bateu as mãos na mesa, chamando atenção de algumas pessoas à volta.
- Cale a boca e sente se você quiser comer algo. – respondeu de um modo tão rígido que a garota simplesmente o obedeceu por reflexo e arregalou os olhos, perplexa.

Duas outras mulheres, vestidas de forma parecida com a primeira, aproximaram-se da mesa trocando risadinhas uma com a outra.

- Milorde é mesmo um estrangeiro? – a mulher de cabelos castanho-avermelhados perguntou muito interessada.
- De onde milorde é? – perguntou a outra de cabelos mais curtos e quase pretos.
- De muito longe. – inclinou-se para frente e apoiou os cotovelos sobre a mesa.
- Para elas você responde... – murmurou, cruzando os braços e desviando o rosto, muito emburrada.
- E o menino contrariado é seu aprendiz? – disse a mulher com os longos e lisos cabelos escuros.
- Eu não sou um menino! – levantou-se novamente e gritou contra a mulher.
- Oh. Perdão Milorde. – riu.

Ian levantou-se de sua cadeira e a puxou sem pressa para o lado da princesa, sentando-se novamente.

- “Quieto” ou fica sem comida. – responde calmamente, voltando a apoiar os cotovelos na mesa.
- Por que está fazendo isso comigo? – voltou a se sentar – E vá para onde estava!
- Perdoem a falta de educação de meu aprendiz.
- Eu achei que ele é uma gracinha. – riu a mulher de cabelos mais claros e rosto redondo.

Moira suspirou e deitou a cabeça sobre a mesa, não aguentando mais ser chamada de garoto por eles. Queria continuar discutindo, não podia permitir sair ainda mais humilhada do que já havia sido, entretanto estava bastante cansada e não tinha mais coragem de argumentar.

- Eu gostei muito da cor do seu cabelo. – mais uma mulher se aproximou, tendo também o cabelo escuro, porém mais alta e mais magra que as outras duas – Como o senhor se chama? – Passou os dedos por entre os cabelos dele.
- Ian. – sorriu para a mulher e deixou que continuasse o movimento com os dedos.

Em seus pensamentos, a princesa não conseguia entender como aquelas mulheres agiam tão normalmente com ele mesmo podendo ver o estranho olho vermelho que possuía.

- Que nome pequeno... – deixou sua mão escorregar do cabelo do sujeito até seu ombro – Para um homem tão grande. – dizia maliciosamente, passando a mão do ombro para o peito dele.

Naquele momento uma das mulheres havia até sentado em uma das cadeiras da mesa.

- Não tenho dinheiro para pagar os serviços de vocês. – Ian respondeu com um de seus sorrisos típicos – E estou com ele. – pousou a mão sobre as costas de Moira, que se assustou e deu um pulo da cadeira, ficando de pé e de olhos arregalados.
-Estou vendo... – a mulher se afastou um pouco – Então tenham uma boa refeição. – virou-se e se retirou com uma das outras duas mulheres, sobrando apenas a que havia se sentado.
- O que aconteceu? – Moira voltou a se sentar, não havia percebido que tinha cochilado – Você tocou de novo em mim?
- Um homem com os dentes tão bem cuidados quanto o senhor não tem dinheiro para nossos serviços? – a mulher que havia ficado, de cabelos castanho-avermelhados, perguntou intrigada – Milorde está mentindo, não é?
¬- Eu pareço com um nobre? – apoiou a cabeça sobre o braço com um olhar malicioso sobre a mulher.
- Sim.
- Não! – Moira se intrometeu, falando alto – Como um nobre pode usar essas roupas de baixa qualidade e ter o cabelo bagunçado?! – apontou para a camisa preta e o colete de couro que ele estava usando e em seguida para a cabeça.
- Acalme-se. – Ian segurou, sem delicadeza, a parte de trás do pescoço de Moira, por cima de sua trança – Depois resolvemos isso. – sussurrou em seu ouvido, provocando um arrepio na garota.
- Não me toque! –reagiu negativamente, levantando-se tão rápido da cadeira que a deixou cair e o som da batida chamou ainda mais a atenção dos outros para eles – Chega para mim! –afastou-se da mesa com passos pesados, dirigindo-se rapidamente até a porta.
- Espere. - levantou-se atrás dela e a segurou pelo antebraço.
- Pare! – puxou violentamente o braço, tentando de soltar, mas não conseguiu e começou a se sentir desesperada.
- Fique e coma o que a mulher irá trazer. Depois, se ainda quiser, saia por aí no meio da noite e se perca à vontade. – sentiu o corpo da jovem tremendo.

Moira fitou seus olhos com uma expressão assustada no rosto. A mesma que ela fez quando o duque a segurou forçadamente. O mesmo olhar que naquela ocasião deixou Ian bastante incomodado.

- Perdoe-me por lhe segurar desta forma. – soltou seu braço e voltou para o lugar onde estava sentado.

A pobre e assustada jovem olhou em volta, percebendo que todos tinham a atenção voltada para ela. Aqueles olhares curiosos vindo de pessoas com aparências e expressões que estavam enojando a princesa, estavam deixando-a ainda mais nervosa. Precisava voltar à racionalidade. Respirou fundo e baixou a cabeça, fechando os olhos e se concentrando, tentando se livrar de todo o som produzido por aquelas pessoas. Precisava se acalmar. Só voltou a erguer a cabeça quando se sentiu com coragem e controle o suficiente para encará-los de volta. Sem dizer nada ela retornou a mesa, mas trocou de lugar, ficando distante de Ian.

- Sinto muito incomodá-los. – a mulher que estava conversando com eles retirou-se, parecendo não gostar muito da situação.

Tanto Moira quanto Ian ficaram em silêncio por alguns minutos. A princesa concentrava-se na mesa, tentando engolir todo o sentimento de humilhação que estava experimentando. Já o sujeito estava pensativo, apenas olhando em volta do lugar, sem estar realmente se focando em algo.

Finalmente a mulher que havia os atendido primeiramente voltou com o pedido de Ian. Serviu dois pratos com carne de porco com ervilha e cenoura e canecos de vinho quente.

- Aproveitem senhores. – jogou um sorrisinho para Ian, que nem prestou muita atenção, e foi para outra mesa.
- O que é isso? – Moira finalmente voltou a abrir a boca, olhando para seu prato com desconfiança.
- Comida. – respondeu ríspidamente – Apenas coloque na boca, mastigue e engula. – cortou um pedaço da carne e levou à boca.

A jovem e muito desconfiada princesa pegou sua faca e cortou uma lasca de sua carne, enquanto a encarava com desdém. Levou a boca e mastigou, constatando que não era tão ruim quanto imaginava.

-Acho que posso comer isso... – comeu mais um punhado de ervilhas sem perceber que Ian estava rindo de sua resposta cheia de suspeitas.

Os dois comeram suas refeições em silêncio até termina-las, então o sujeito chamou novamente uma das mulheres que estavam atendendo os clientes e pediu mais vinho pelo menos mais duas vezes.

- Por acaso você vai usar todo esse seu dinheiro em bebida? – Moira perguntou irritada, já parecia ter voltado ao seu humor normal.
- Talvez. – respondeu e bebeu o último gole que havia em sua caneca, chamando novamente uma das mulheres.
- Milorde. – A jovem sorriu para ele, era uma das poucas que tinha olhos azuis, quase como os de Moira – Gostaria de companhia para esta noite?
- Já o tenho. – Apontou para Moira enquanto utilizava-se de mais um de seus vários sorrisos maldosos – Mas eu gostaria de mais vinho.

A jovem garota meneou a cabeça positivamente, mas pareceu chateada ao se afastar.

- Por que essas mulheres reagem mal quando você dá esse tipo de resposta? – cruzou os braços e franziu a testa enquanto encarava-o – E eu agradeceria se você parasse de insinuar que sou um garoto. – bufou.
- Porque acham que eu prefiro homens. – deu uma risada alta e maldosa.
- Oh... – Moira não havia realmente entendido e isto ficava claro na expressão confusa de seu rosto.

A mulher voltou com o caneco de vinho dele e saiu sem dizer nada. Ian acabou de bebê-lo mais rápido que os anteriores e bateu parte inferior do objeto na mesa.

- Foi o último. Vamos. – levantou-se normalmente e foi até o balcão do bar.
- Finalmente vamos embora desse lugar horrível! – Moira exclamou enquanto seguia-o.
- Ainda não. – sorriu e entregou algumas moedas para o homem do outro lado do balcão - E um quarto para esta noite. – dirigiu-se ao senhor que o atendia, um homem de meia idade que usava um bigode grande e negro.
- Um? – olhou para Moira logo atrás dele – O senhor tem certeza?
- Se eu estou pedindo... Sim. Tenho certeza. – lançou um olhar maldoso sobre o homem.
- Pagamento adiantado. – pigarreou nervoso com a expressão do sujeito.

Ian sorriu e entregou-lhe mais algumas moedas.

- Melinda. – O homem de meia idade chamou uma das mulheres que trabalhavam ali – Leve-os até o quarto. – falou alto, apontando para Ian e todos os três homens que estavam sentados em frente ao balcão olharam para os dois.
- Milordes acompanhem-me, por favor. – pegou um lampião que estava sobre uma mesa mais afastada dentro do salão e seguiu por uma porta que levava até uma escada para o segundo andar.
- Vamos passar a noite neste lugar barulhento? – Moira perguntou para Ian, detestando a ideia – Perto destes homens que ficam olhando para mim de uma forma estranha?
- Prefere dormir no chão da floresta de novo?
-... Não. – baixou a cabeça, lembrando-se de o quanto suas costas doíam quando passava a noite dormindo sobre o chão duro.
- Este é o seu quarto. – a mulher, que deveria ter quase quarenta anos meneou a mão livre em direção à porta da qual estava parada em frente e estendeu o braço com que segurava o lampião para o sujeito.
- Obrigado. – Ian agradeceu, recebeu a lamparina e abriu a porta do quarto escuro – Entre. – ergueu a luz para dentro do quarto iluminando-o.

A princesa passou por ele, entrando no recinto e instantaneamente fazendo uma careta. Nunca havia visto um quarto tão pequeno.

- Este quarto só tem lugar para uma pessoa. – gesticulou sua delicada mão em direção à única cama.
- Por esse preço Vossa Alteza não poderia esperar por algo muito maior do que isto. – entrou no quarto e depositou o lampião sobre a mesinha ao lado da cama.
- Eu utilizarei a cama e você pode escolher qualquer outro lugar para dormir. – cruzou os braços.
- Não. – riu – Eu fiquei mais tempo do que você na prisão e antes disso já estava passando as noites na rua graças ao seu noivo. – sentou-se ao pé da cama – Mas esta cama serve para dois. – sorriu – Eu não me importo de dividir com Vossa Alteza.
- Me dê o dinheiro e eu vou agora mesmo arranjar outro quarto para mim!! – gritou, irritada e já rangendo os dentes.
- Não tenho o suficiente para mais um quarto. Foi por esse motivo que eu pedi apenas um. – explicou enquanto removia as botas dos pés.
- Se você não houvesse pedido tantos copos de vinho talvez ainda houvesse! – bateu um dos pés contra o chão de madeira.
- Não faria muita diferença. Aqueles homens eram ladrões. Não eram ricos. – removeu a capa, o arco das costas e o cachecol, jogando-os no chão.
- Então, como filha do rei, irei exigir que me deem um quarto! Ou serão punidos! – virou-se para sair pela porta de onde acabara de entrar.
- Pode ir, só não diga que você é uma garota. Alguns daqueles homens lá embaixo são bem piores do que eu e vão... Reagir de maneira ruim a isso. – desprendeu o cinto da calça junto com as duas espadas que carregava nele e também deixou cair no chão – Por isso é melhor que achem que você é, na verdade, um garoto.
- Isso não faz sentido! Por que algo assim aconteceria? Está cheio de mulheres lá embaixo! – tinha os músculos rígidos por toda a raiva que sentia do que Ian falava e que ela julgava não ter razão alguma.
- Mas nenhuma é tão nova quanto você, nem tem sua delicadeza... – explicava enquanto desamarrava o cordão do colete.
- Não conseguem nem perceber esses seus olhos malignos! – bufou e começou a zanzar pelo pequeno quarto compulsivamente – Não são capazes de ver que não sou um menino! São todos tolos!
- Não é que não percebem meus olhos. Pessoas como eles não teriam motivos para se preocupar com isso... Como alguém como Vossa Alteza se preocupa. – jogou o colete no chão, em cima das outras peças da roupa que já havia tirado e levantou-se da cama – Não conseguem ver que Vossa Alteza é uma garota porque nenhuma de sua idade entraria em um lugar como este. Menos ainda a esta hora da noite.
- O que você está dizendo ainda não explica a razão para eu não dizer o que sou! – parou e bateu mais uma vez o pé no chão, fitando-o com raiva.
- Moira. – aproximou-se e a fitou intensamente – Você é muito mais bonita que qualquer uma delas... E virgem. – sorriu maliciosamente.

A princesa inclinou-se para trás e recuou até que sentiu a parede às suas costas. Se fosse uma ocasião normal ela teria brigado com ele, reclamando por tê-la chamado de forma informal e de ter se aproximado daquele jeito, mas estava assustada com o olhar e sentia o peito apertado. Seu coração acelerou e Moira engoliu em seco, deixando escapar um gemido. Ian mantinha o mesmo olhar intrínseco sobre os olhos de safira da moça. Estava a encurralando de propósito. Queria ver como ela iria reagir e se continuaria bancando a garota forte que tinha argumento para tudo.

Finalmente, depois de vários minutos, Moira reagiu àquele olhar, franziu a testa e correu até a porta, saindo do quarto com muita pressa.

O sujeito deixou um sorriso vitorioso escapar de seus lábios quando já estava sozinho no quarto e voltou-se para a cama, tirando a blusa e se deitando despreocupadamente.



Continua...

Natalie Bear

6 comentários:

  1. Ian sacana xD!

    Coitada da princesa. Mas também! Em um lugar desses querer que achem que é uma garota xD?

    Muito bom gostei muito desse capítulo, Shuu xD!

    ^^/

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  2. xeeentii
    o loco.
    uau...
    mas, que perigo
    e ui ui ui auheuhaeuhae
    'elas estao bravas porque acham que eu prefiro homens' xD
    essa moira é tao ingenua '-' princesas deviam aprender um pooouco mais sobre o mundo.. mas né, compreensível.

    esse Ian é muito marotão :) gosto dele falante assim e todo pomposo
    muito mais legal do pau mandado alan xD

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  3. Ian usa o troll-face-mode até nas pobres mulheres da taverna. kkk

    Moira só iria aprender mais sobre o mundo se ela... Visse o mundo.

    Como eu disse.. Troll face em nível "run for your lives".

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  4. Deu vontade de desenhar a cena deles entrando na estalagem, a cara de wtf da Moira. xDD

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